Veículo de Carga: FNM D-11.000 1969 V-6 (175 HP)
Empresa: Fábrica Nacional de Motores – FNM (Fenemê)
Cidade: Distrito de Xerém – Duque de Caxias/RJ
Situação atual: Empresa extinta
História da marca FNM
Por: José C. Reinert.
A construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi iniciada em 1940, no governo de Getúlio Vargas, na cidade de Duque de Caxias-RJ, distrito de Xerém. Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz, tendo sido oficialmente fundada em 13/06/42, para a construção de motores aeronáuticos, que seriam utilizados em aviões de treinamento militar. Era a época da IIa. Guerra Mundial, e em troca da utilização de bases militares no nordeste brasileiro, o governo norte americano deu incentivos financeiros e assistência técnica, para a construção tanto da FNM, como da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
A produção de fato começou apenas em 1946, quando o maquinário ficou pronto, e pouquíssimas unidades de motores de avião chegaram a ser construídos pela FNM pois, com o fim da guerra, os mesmos já estavam ultrapassados e se tornaram obsoletos. Nesta época a FNM já era chamada de “cidade dos motores”.
Inicia-se então um período de reformulação, e como as excelentes máquinas importadas para a fabricação daqueles motores facilmente se adaptavam a vários outros tipos de produção, iniciou-se a fabricação de geladeiras, compressores, bicicletas, tampinhas de garrafas e peças para trem, fazendo-se também serviços de revisão de motores de avião. Isso até 1948.
No começo de 1949 a FNM firmou contrato com a Italiana Isotta Fraschini para a fabricação de um caminhão Diesel de 7,5 lt, inicialmente apenas montado aqui, mas com projeto de nacionalização progressiva. Até o fim daquele ano foram entregues 200 desses caminhões, denominados FNM IF-D-7300 para 7.500 kg. Mas já em 1950 a Isotta, que enfrentava dificuldades financeiras em casa, veio a encerrar as suas atividades.
Em vista disso, pouco tempo depois (ainda em 1950) a FNM firmou um novo acordo, com a também italiana Alfa Romeo, pelo qual seriam fabricados os caminhões Alfa Romeo, e também chassis para ônibus, sob licença da marca italiana. Os caminhões seriam denominados FNM-Alfa Romeo D-9.500, e seriam equipados com motor de 130 CV, tendo uma capacidade de carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg, se acoplado a uma carreta de dois eixos).
Já em 1951 começou a produção do FNM D-9,500, mas a sua comercialização só se daria no início de 1952. Graças a suas características de grande robustez, foi imediatamente muito bem aceito no mercado. Além disso, era o único caminhão a possuir uma espaçosa cabine leito dotada de duas camas, ideal para longas viagens, que então duravam de semanas a meses.
Já em 1958 a FNM lançava o modelo
D-11.000, com motor de 11 litros e potência de 150 CV, a qual seria
aumentada para 175 CV em 1967. Em 21 de abril de 1960, em comemoração à
fundação de Brasília, a FNM lança o 1º automóvel da sua linha, derivado do Alfa
Romeo 2000, e denominado FNM JK.
Posteriormente ele seria substituído pelo modelo FNM 2150, e mais
tarde pelo Alfa Romeo 2300.
§ Em 1972, lançou os
novos caminhões FNM 180 e 210, com 180 CV e 215
CV, respectivamente;
§ Em 1973 a FIAT
compra 43% das ações da Alfa Romeo, e em 1976 assume o total controle
acionário. A Fiat continuou produzindo os FNM 180 e 210
até 1979, quando os substituiu pelo FIAT 190;
§ Em 1985, já
administrada pela Iveco (empresa italiana do grupo FIAT) e com o declínio
acentuado na venda de caminhões, encerra as suas atividades no Brasil.
Fonte: https://alfafnm.com/historia-da-fnm/